Temáticas da
Contemporaneidade e o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação
É de grande importância que
o pedagogo tenha conhecimento dos diferentes temas da contemporaneidade e o uso
das tecnologias da informação e comunicação na sala de aula. Destacando por
meio de informações as diferentes concepções a respeito dos problemas sociais causados
pela diversidade, como são geradas e combatidas as diferenças que, por
consequência, são originados os mais diversos preconceitos, desigualdades e
conflitos sociais.
Certamente, compreenderá o
conceito do uso das tecnologias na escola e as diferentes estratégias para
desenvolver uma educação de qualidade para todos, com a função de olhar todos
com igualdade, respeitando as diferenças, dos problemas de acessibilidade
enfrentados pelas pessoas com deficiência e que é possível por em prática o que
documenta o Estatuto da Criança e do Adolescente.
Em suma é necessário que se
reconheça a necessidade e o quanto é essencial a inclusão como uma forma de
democratizar as relações sociais, principalmente na emancipação e na sutil
forma de tratamento com o outro, seja nas relações com os iguais ou entre
pessoas iguais e diferentes. Lembrando que iguais e diferentes são apenas concepções
criadas para diferenciar pessoas ou grupos sociais que, de alguma forma, ainda
não foram aceitas no contexto social.
O uso das tecnologias na escola: contra ou a
favor?
É bem visível, a intensa presença de tecnologias no
cotidiano da juventude, pode-se dizer uma geração nativa do mundo virtual, mas
esse novo aluno no decorrer dos seus estudos tem provocado grandes impactos na
escola. Haja vista, que muitos docentes não estão preparados para ensinar nesse
novo contexto, com isso novos desafios são lançados aos professores e a escola,
se sabem ou não usar os novos recursos tecnológicos a favor de um bom ensino. É
válido lembrar que diante de tanta modernidade existem sempre aqueles que não
se adequam ao mundo de tendências da cibercultura e o uso das TIC no ambiente
educativo. Em contrapartida já é perceptível os novos educadores que montam as
suas estratégias de ensino pautado na funcionalidade, nos softwares educativos
que os alunos desenvolvem as atividades no computador, no smatphone ou tablet.
Segundo dados do IBGE, no ano de
2005 somente 35,7% dos estudantes tinham acesso à internet e hoje são 72,6%. O
contato com computadores e celulares no ambiente escolar brasileiro tem se
ampliado nos últimos anos. Os avanços das tecnologias da informação e da
comunicação está diversificando as maneiras de ensinar e aprender. Através de
Jogos, conteúdos colaborativos e redes sociais educativas começam a se instalar
nas salas de aula. Nos próximos anos, a transformação deve propagar de tal
forma que o giz e o quadro negro serão consideradas peças de museu. Testes
realizados por meio de SMS, softwares sofisticados, em especial para tablets e
smartphones, e aplicativos capazes de organizar as informações de acordo com as
características do estudante serão a regra nas escolas brasileiras.
É evidente que somente recursos tecnológicos e material didático
atraente não significa a qualidade no ensino. Vale ressaltar que a mudança passa
por transformações na maneira de agir, pensar e gerir a educação e as escolas. A nova que surge é a tendência da elaboração
conjunta de conhecimento. O que muitos não concordam que a internet, tem
facilitado o acesso a diferentes conteúdos, resulta na troca e a produção de
informação e saber.
A diversidade e o preconceito na escola.
Como se sabe a escola é um ambiente de diversidades,
onde se convive com as mais variadas formas de ser e pensar, por isso surge
nesse mundo o preconceito, onde muitas vezes parte do professor, ao julgar o
seu aluno, pela cor, cabelo, classe social e opção sexual ao dizer logo na
primeira aula que este não vai ser aprovado ou que vai dar muito trabalho para
aprender. Com esse comportamento do docente o aluno também não é diferente, ao
se deparar com pessoas que são deficientes ou negras, surgem uma série de
dificuldades nascendo aí o preconceito. Mas podemos refletir: como viver melhor
em sociedade? O preconceito é legal?
É
necessário ensinar o respeito que se deve ter com as diferenças dos colegas no
ambiente escolar e essa forma de ensino deve ser aplicado desde a educação
infantil. Vale ressaltar a importância de explicar a complexidade do termo preconceito,
levando em conta, que este se trata de um ato pensado, elaborado e praticado
não só por pessoas adultas, mas também entre as crianças, visto que nem as
mesmas estão imunes das diferentes formas de discriminação. Sendo assim, é de
extrema importância que seja eliminado o preconceito desde os primeiros anos da
Educação Infantil.
Educação
inclusiva: a escola e a acessibilidade.
Como se
sabe ao longo da história as pessoas com deficiências ficaram privadas dos seus
direitos e foram sendo conquistados com muitas lutas e hoje tem-se o direito da
Educação inclusiva que é uma realidade muito debatida entre professores e
estudantes das diferentes licenciaturas, isto porque ainda é um grande desafio
para o educador enfrenta no dia a dia, mesmo aqueles com experiência na área, a
preparação ao montar as estratégias de ensino é contínua, pois a escola deve
ter todo um cuidado para que todos os alunos possam aprender no mesmo ambiente
de ensino.
Para que a inclusão
aconteça de verdade e garanta uma aprendizagem para todos os alunos na escola
regular é preciso fortalecer a formação dos professores e construir uma boa
rede de apoio entre alunos, docentes, gestores escolares, famílias e
profissionais de saúde que atendem a todas as crianças com as suas diferenças.
Indubitavelmente o apoio para com os valores
e a diversidade existente entre as crianças devem começar na própria escola, na
equipe e na gestão escolar. A direção e a coordenação pedagógica devem
organizar momentos para que os professores possam manifestar suas dúvidas e
angústias de como ensinar em meio a tantas diferenças. Ao legitimar as
necessidades dos docentes, a equipe gestora pode organizar espaços para o
acompanhamento dos alunos; compartilhar entre a equipe os relatos das condições
de aprendizagens, das situações da sala de aula e discutir estratégias ou
possibilidades para o enfrentamento dos desafios.
ECA (Estatuto
da Criança e do Adolescente): um sonho ainda a ser concretizado no espaço
escolar
Sancionado em 13 de julho de 1990, o ECA é a
regulamentação dos artigos 227 e 228 da Constituição que estabelece como
"dever da família, da sociedade e do Estado assegurar, com absoluta prioridade,
o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à
convivência familiar e comunitária". Diante disto, é necessário se
perguntar: o estatuto da criança e do adolescente é posto em prática na escola
ou ainda é uma utopia?
É interessante salientar que a escola pública,
não deveria recepcionar apenas as crianças, mas, sempre que possível, acolher
os pais não só para chamar atenção ao desempenho escolar dos filhos, mas afim
de estabelecer uma verdadeira parceria com a família com o intuito de um maior
aprendizado. Seria preciso que a escola valorizasse o processo educativo que os
pais iniciaram, acrescendo-o dos elementos próprios à educação formal. O que se
compreende é que a escola ou os professores tem um conhecimento limitado acerca
do estatuto da criança e do adolescente, atribuindo o na maioria das vezes como
facilitador da conduta desregrada e indisciplinada. Mas será esta a finalidade
do ECA?
A
escola de fato cumpriria com sua responsabilidade pondo em prática as
finalidades do Estatuto da Criança e do Adolescente se as políticas públicas de
educação fossem organizadas, buscando dar privilégios para os mais pobres, a
fim de que os mesmos possam gozar dos espaços escolares, que propiciem o desenvolvimento
nas mais diversas áreas, como de arte, música, esporte e informática,
respeitando-se os diferentes tempos de vida, da infância e da adolescência, da
juventude e do mundo adulto.
